terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Poesia de Cego ao Eco

Em uma aquarela colorida , a dor veio à tona
E as cores já não vibraram mais.
Jaz as cores e a Dama da Noite.
Jaz a vida e a esperança singela.
Uma vida em preto e branco,
Uma foto desarmônica,
Aqui jaz também o tempo...
Será possível uma nova aquarela?
Será possível um nova aquarela?
Será possível uma nova aquarela?
Mas o que é também uma aquarela?
Cê faz tão bem uma aquarela?
Será jaz também a aquarela?


Do tempo e do Vento

E daquele tempo eu me lembro das flores e falo dos espinhos. Lembro do bom dia, do olho-no-olho, da reflexão do dia passado e dos planos para o futuro.
Da janela do meu coração sinto apenas a dor do estilhaço e das mandingas dos mal dizeres .
Se o tempo me permitisse e se você se dispusesse a me ouvir, dos espinhos eu faria flores e do seu prazer uma bela canção, com notas altas e singelos sorrisos.
O vento me trás más noticias e os passarinhos verdes já não me rondam mais... a verdade é que não mais importa se és comunista ou avarento, o que me importa é o sentimento.
O vento trouxe e levou a tempestade, mas a brisa nunca mais voltou. O que me resta são dias cinzentos e chuvosos, catando os cacos que restaram e "tijolando" o espaço que a janela um dia ocupou.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Brasil e suas brasas

Verde e amarelo são nossas cores
Vermelho e preto é nossa luta
Martelo e foice até caem bem
Mas na luta com as mascara necessárias defendendo o povo.

Verde? Amarelo? Vermelho?
O povo é negro. pobre e passa fome!
Cadê a foice? E o martelo?
Cadê a luta? Cadê a garra?

O povo é negro e tá com olho vermelho...
O povo quer pão e poder para trabalhar
O povo quer terra! O povo quer vida!

O que é isso candidatxs? Quando olham para o povo?
Esse povo preto e pobre é bem mais que verde e amarelo!
Queremos vida e alegria! Devolvam  a alegria do negro e do índio!

Entendam que o amor é bem livre! Entendam a nossa subjetividade!
Entendam a luta do Zé, da Maria e do cachorro!
Produzam voces o amarelo e deixem o verde em paz!
Percebam o preto, o pobre, o favelado, o amarelo do cangaço,
A tristeza daquele índio e do irmão que não pode amar!

Nós somos todxs verde e amarelo,
Somos todxs brasilianos!
Queremos mais verde e mais amarelo,
Queremos força para lutar!

Menina e Mulher

Bambolê e pula-pula
Brincadeiras bem antigas
Pula-pula no terreiro
Bica-bica no galinheiro!

Bambolê faz rebolar.
Antes na cintura e agora no dedo.
Gostei bem da brincadeira
Quero repetir o verso!

Pula-pula  de galho em galho,
Brincadeira perdeu graça!
Bambolê eu quero sim,
Bem no dedo e amarelo.

Bem Sabia!

Bem ti vi na beira do jardim!
Fiquei feliz além da nota!
Bem ti vi rodeando a Flor Seca...
Preocupei, mas, somente espiei!

Bem ti vi dançando em nota.
Bem ti vi beijando em verbo!
Bem ti vi lá no abacateiro
Visitando o Sabiá!


Tudo Realmente Acabou!

Dos  caracóis do meu cabelo
Não doei nem um cacho para ti.
Das ideias enroladas na cabeça
Não alisei nem o amor que sinto por ti.
Do sorriso coringa que dos meu lábios saiu
Não foi para ti que os meus olhos sorriram.

Mas da ardente vontade do corpo,
Do pulsar do coração,
Do grito não solto,
Das brigas sem nexo...
Guardei para ti meu amor e loucura.

O meu coração eu doei
E solto te deixei
Voltar não voltou...
Mas, que pena!
Você não me liberou...

Da Laranja, Eu Quero A Polpa!

Da serena flor da laranjeira
Eu roubei o cheiro,
O brilho das folhas,
E o gosto do fruto
Para virar Carmélia
E ter você no futuro.