sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

De Repente

Rola bola,
Gira mundo,
Muda as faces
E os amores.
Sem rancores
E Céu cinza
Quero a vida
Só com cores.
Viajando
E parada
Gira o mundo
Fico muda.
Fica à dica.
Atrevida.
Seja Nova.
Gira a roda.
Viva o mundo.
Digo tudo!
Novo mundo.
Bem agudo.
Novos rostos.
E amores.
Quero a vida
Sem açoites.
Quero o dia
Viva a vida!
Quero as cores
Sem as dores!
Quero o beijo!
Quero a reza!
Quero a luta
E a palavra!
Nos encontros
E desencontros,
Sem desamores
Sem rancores.
Só a vida
Bem vivida!
A poetiza
E o artista
Ficam bem
Neste repente.
Haja frio,
Haja sol,
Quero o canto
bem no canto!
Quero o conto
E o reconto!
Quero a vida
E o reencontro!

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Mais uma de Desamores

Eu canto, danço, escrevo, educo, ensino, pinto, bordo e grito.
 Vc diz que precisa de mais ? 
Eu te digo: 
Vc é que é de menos para mim!

Eu e as Flores

Ele queria vir trazendo flores,
 foi quando eu disse a ele:
 "-Venha com a sua sinceridade."

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Solto

Sonho devastado
Singelos esforços
Viver e aprender
É escalar a muralha
Que de quando em quando
Separa a realidade da subversão.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Metamorfose Interna

Se o amor é para nos fazer feliz, com toda a certeza, o sofrimento é opcional.
Mudar a postura, redirecionar o foco e as prioridades, são decisões únicas que são decididas dentro do ser.
A subjetividade necessária para este tipo de decisão só é alcançada caso o ser consiga chegar no ápice do auto conhecimento.
A metamorfose dos sentimentos poderá ser real se o amor que você possui com relação a você for maior do que qualquer outro sentimento por outrem.
Se amar, se gostar, se valoriza, ser feliz! A felicidade não pode vir desfaçada. A carência não pode ser maior que as suas convicções e saudosas vontades. Ser sozinho dá medo sim. Estar com alguém e estar sozinho é a pior das torturas que podemos cometer com nosso corpo e nossa mente.
Ser livre, deixar ir e deixar passar... as energias do mundo não nos afronta, o que é seu irá voltar ainda melhor.
É claro que vez ou outra virá o desânimo bater na sua porta. Para isto existem os amigos! Para quê ir atrás de quem você não gosta mais? Existe, por acaso, algo mais sensacional que sentir borboletas na barriga? Olhar para o nada e sorrir sozinho porque lembrou do rosto de alguém querido? E que tal sorrir simplesmente porque você é linda e tem em suas mãos a dádiva de viver uma vida feliz? Por que não gostar de você exatamente como você é e não por padrões impostos?
Não há nada mais sensual que uma pessoa confiante...

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Pouca Prática

Se afasta.
Não me pegue.
Não arranhe.
Não machuque.
Fique quieto.
Não respire.
Sue muito,
Mas, não grite.

Beijo aqui.
Beijo ali.
Aqui não.
Hoje não.

Me afasto.
Não me ligue.
Se afaste.
Indeciso!

Canção Nova

Namorei um menininho
Todo muito inho
Lavei casa e passei roupa
Eu fiz um pequetito
Passou logo aquele tempo
Veio vento, chuva pouca
E relento o tempo todo.

O menininho muito inho
Virou ninho e eu bati asas
Peguei o pequetito
Que de inho virou ão
Casei logo outra vez
Eu já não era mais um inho
E eu queria um avião.

Canção em desalinho

Enrola e desenrola
Vai e pára
Anda e desanda
Vive e revive
Namora e não ama
Gosta e afasta.

Viver e não ter
Ser sem sentir
A Lua e as trevas
O Sol e a Chuva

Sozinha e em grupo
Sincero e sútil
Viver sem ser
Eu e você

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Procura-se Matemático Brasileiro

Problemas e problemas...
Eu não quero calcular!
De palavras em palavras...
Eu agora vou falar!


Temos 1001 peças
Em noites de verão.
Temos águas até março
E o aperto no coração!


O Brasil tem mil problemas!
Mas o povo é bem alegre.
Quer a vida  sem transtornos
Bem bonita e bem feliz!

No país do carnaval
A matemática é bem rasteira...
Chega mesmo de mansinho
Quando ainda se é pequenino.

Quando cresce vira cálculo.
Seja I ou seja II.
Nossas contas viram bola.
Mas de lã e não de neve.
Nossa terra é muito quente!
E com gato prá brincar.

De problemas em problemas
vai enxurrada e passam fome.
De palavras em palavras
Denuncio aos montes.

Em um Brasil verde amarelo
Tem cantor e jogador.
Tem delegado que é mulher.
Tem até homem que é babá.

O que me falta nesta terra,
É aquele matemático.
Ir de problema em problema
E mostrar a solução!
Voltar pro verde e pro amarelo.
Sairemos do vermelho.

Tire o Brasil da brasa!
Viva o povo brasileiro!
Tire a dívida brasa mora!
Viva o Brasil inteiro!



Proletário

Desmiolado e desiludido.
Uma vida sem sentido.
Quando penso
E eu desejo,
Vivo assim
Bem desvivido.

Na luta diária
Não há regalia.
O pobre braveja
Mas é reprimido.

Uma vida sem sentido,
Uma luta omitida.
Depressiva é a vida
De  quem luta todo dia.

Segue em frente Companheiro!
E cuidado com o açoite!
Seja  dormindo ou na enxada,
Lembre-se do patrão e da foice.

Nosso símbolo bem em frente
Sempre lembra a nossa luta.
Nunca esqueça companheiro,
Do martelo e da foice!

Somos muitos  e reprimidos.
O grito, é sempre calado.
A revolta desmedida
Se impera na desgraça.

Homem pobre
E mulher mãe,
Nunca esqueçam da grandeza
Da revolta proletária!
Sempre tenham na cabeça,
O martelo e a foice!

Vermelho é o sangue  caído
Todo dia deste povo.
Chega de esmola tosca!
Chega de vida de aço!
Já não aguento ver,
Todo este grito que é calado!

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Versos soltos

Em plena metamorfose da caixa surreal do viver..eis que ressurge...
Chama de amor, que queima e vem de dentro
Nitroglicerina para o corpo que erradia
Coração em sentinela
O Cérebro não dá conta...
A velha senhora já quase nem respira
Face tristonha
Magra por dentro
Obesa por fora
Já não lê
Já não se trabalha...
Aqui jaz um coração

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Sua Face


Ana Carolina Ferreira

Assim como a mulher 
A Lua
Assim como a Lua
São as fases
Assim como as fases
A vida
Assim na minha vida
Você!

sábado, 24 de agosto de 2013

Felicidade



Me roubam muita coisa!
Me sobra muita falta...
roubam a minha roupa,
o meu dinheiro,
minha estrutura
E me humilham
Mas a felicidade...
Ha! esta ninguém me tira

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Abraços e Amassos

Adoro o abraço!
É mais quente que o beijo,
Mais fiel que as palavras
Tem mais razões que a verdade
E é cheio de fidelidade.

Um abraço é um amasso
Uma verdade que não é dita.
A convergência entre razão e emoção.
É um momento de emoção.

Para se abraçar
É necessário sentir
É preciso querer
Precede de olhos nos olhos
E borboletas na barriga.

Revendo suas fotos
E as palavras escritas
Me lembro do sussurro
E também daquele beijo.

Sinto a falta do seu cheiro
Mas este o vento me tras
Mas  a falta do abraço...
Desse não tem jeito,
É o que causa o meu desespero!

Para sempre me pergunto
E com tanta melancolia
Cadê o meu abraço?
Nossos amassos foram um fiasco?

domingo, 28 de julho de 2013

O Desabafo e a Metamorfose

Palavras e mentiras
Metamorfosearam o amor
No infinito e profundo desgosto
O palhaço andante
Caiu do alto prá dentro do poço.

Tolos são aqueles
Que pensam que enganam..
Óh! Grande esperteza da vulgaridade!

A traição vem à cavalo
E pertence ao próprio eu
Ninguém engana o outro
E a amargura se senti sã.

Embriagado pelo sistema
Se desfez e não vale nada.
Já não possui princípios
E me enoja a sua fala.

Armadura amargurada
É assim o coração
Me enjoo e sinto nojo
Do palhaço sem pudor


Na margem da vida

As margens de mim
Vi o mundo e a vida
Vi as estrelas
A lua nova
E o infinito

Os sabores
Os holocaustos
A ferrugem do amor

Viver
Sentir
Amar
E sorrir

As margens de mim
Vi o mundo e sorri
Abri os braços
E corri para o abraço

As margens de mim
Me desloquei da observação
Me tornei eu
Quando entrei no mais fundo dos rios
E me afoguei nas águas da felicidade...

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Canção para o Zé - Um Amigo Muito Querido

E do lado de lá diz que ama
E do lado de cá andam só
Beleza na luta e no drama
E no coração de quem ama

A revolução é prá ontem
O mundo já anda só
Quem disse que vai e não vai
Não peleja na rua e na luta

O Brasil todo assistiu
O comunista aplaudiu
Teve anarquista na frente
E independentes na linha

Companheiro soube gritar
Companheiro morreu na frente
Companheiro levou estouro
Mas as gentes seguiu em frente

O amor daquele que clama
Por justiças e igualdades
Vai em frente e não tem temor
E luta por um ideal

E do lado de lá diz que ama
E do lado de cá andam só
O Brasil com revolucionários
Comunistas na linha de frente
A anarquista aplaudiu
E logo já pede bis

Quem sabe mesmo o que quer
Com a bala não se abala
Se vicia em gás e spray
E a revolução faz na raça

E do lado de lá diz que ama
E do lado de cá andam só
Beleza na luta e no drama
E no coração de quem ama

domingo, 7 de julho de 2013

O Barco e a Vela

Todo barco tem seu casco
Tem seu arco
E sua proa.

Toda vela tem resina
Tem pavio
E sua prece

Todo marinheiro tem seu barco
Sua vela
Sua prece
Seu amor
E todo o mar

O barco e a vela
Tem muitas cores
Muitas histórias
Possuem bases
E também restolhos

O barco e a vela...
A vela e o barco...

O barco e sua vela
Não acende, faz navegar.
A vela que se acende
Muito se parece com a vela de velejar.
Ela traz consigo sonhos, credos e surpresas.

O barco para o marinheiro é a casa e o sonho.
A vela para o marinheiro é a esperança e a salvação.
O barco a vela
E uma vela acesa....
Que seja feita a tua vontade!

Vá marinheiro,
Mas me ensine a navegar!
Não se vá sozinho
Com um sonho na cabeça e a esperança no coração.

Me leve para o mar,
Me ensine a velejar.
Abordo haverá amor
E uma vela para rezar...





domingo, 30 de junho de 2013

Aborto Certas Convicções

Abortando certas convicções
Eu me afirmo e reafirmo.
As mulheres,
Flores guerreiras,
Sofrendo a esmo a dor da solidão!
Guerreiras de salto
E também de ideais
Sofrem como bandidos
Nas mãos da polícia
Anunciada pelo amor.

Abordo certas convicções...
Que não outras
Nem diferentes
São sementes concretas
De uma sociedade...
Liquida, mas com concretude
Na essência individual.

Aborto certas convicções...
Mas não tente me colonizar
posso até entender você
E também seu ar de desalinho.

Não confio em partidos,
Não confio em palavras,
Não confio em ninguém
Com 32 dentes!

Aborto certas convicções,
Mas sem esquecer a essência
Que tanto me transita
E tanto é interdisciplinar.

Aborto e abordo...
Com você na cabeça
Coração acelerado
Vivido de ilusões
Mas em luta num mundo endiabrado...

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Adeus nobre Palhaço...

Coração desmiolado
Faz anseio virar raiva
Da palavra proferida
Na vida, somente a vergonha.

Novo sopro por aí
Esquecendo o que vem do alto
Adeus velho Palhaço
De riso bobo
E gestos tolos

Suas mentiras virarão piadas
Num futuro que não tarda
É uma pena, uma novela,
Com um fim, inesperado...

Samba, rock, reggae e forró
Saiu músico de todos os lados!
A flauta doce, não mais terei,
O belo prazer, de escutar.

Vem percussão, vem bossa nova,
Vem o de olhos verdes e também o de pele negra.
Vem comunista e também homens simples.

Só um anseio, de liberdade
Desesperados e sem razão
Estou tranquila, com o coração.

De carne e osso.
Coração triste.
Decisão firme.
E com razão.
Já era hora.
Novela não.
Musicas alegres.
Já voltarão....

domingo, 2 de junho de 2013

Donzelas, Palhaços e Não-Poetas



(Ana Carolina)
(J. William)


As noites se vão e voltam noutro dia:
sua missão é esconder-se atrás dos montes
e recolher  lá de trás dos montes os dias.

Bom...Vou dormir!
Dormir e pensar nos belos beijos
e nos meus terríveis anseios.
Dias passados, dias presentes,
sonhos inteiros,
o Morro no alto
e ele (a) em meu peito.

A mentira e a verdade,
a coragem e a outra metade...
Na sorte da vida,
postas em pé de igualdade.

A noite, assim vai:
A Izadora e o Palhaço.
O medo e o anseio.
A verdade e a metade.
Os beijos e a realidade.
Como carne e unha,
como unha e carne.

O passado e o presente
e agora a outra metade,
posta em seus sonhos 
e momentaneamente
longe da realidade.

Boa noite cara (o) colega,
que tudo tem e de tudo faz.
Seja assim verdade o que dizes,
ou mentiras o que fazes.

Na pseudo realidade que se perfaz,
um coração escancara sua verdade contumaz:
- Um palhaço vestido da pele de um moço-
fazendo graça na noite sem pedir licença pra um alguém, 
ignorando o dia e  noite em busca de algo secreto e impuro
em um mundo que não pertence a ninguém.

Qual será a saída dessa quizumba:
Mentira, verdade ou liberdade?

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Piece Of My Heart ou A Espera de Uma Resposta...

A espera da resposta
A certeza que nunca virá
Coração endiabrado
Por que não ficar sozinho?

Procurar outro coração..
Prá quê?
Já levaram o meu coração
Tenho agora apenas um pedaço que não me pertence.

Será que não te dei tudo o que uma mulher poderia dar?
Vou te mostrar que uma mulher pode ser forte.
Mas venha, leve o resto que faltou do meu coração.

Quebre o outro pedacinho do meu coração
E veja,
Eu ainda estarei de pé.

Venha querido
E possua o outro pedacinho do meu coração, baby
Você sabe que pode,
Já que isso te faz tão bem...

Você sabe que pode,
Já está nas ruas se sentindo bem...
E baby, sei que dentro do seu coração,
Você sabe que isso não é correto.

Nunca me ouve quando eu choro a noite,
E o meu coração chora o tempo todo,
Eu digo a mim mesma que não suportarei a dor...

Mas se você me segurar em seus braços,
Vou cantar mais uma vez,
E dizer leve-o
Leve o outro pedaço do meu coração...

Então peço,
Responda-me,
Mesmo que seja
Para quebrar a parte que resta do meu coração...






terça-feira, 21 de maio de 2013

Grand Finale

Terminar um relacionamento é sempre muito complicado, mesmo se você quiser.
Existem sempre razões para ter feito isto antes e razões para não fazê-lo agora.
Querendo ou não a pessoa ocupa um lugar em sua vida...a grande questão é: este lugar poderá ser facilmente preenchido?
E a felicidade? Existe uma felicidade plena no casal? Mas será que existe uma felicidade plena na vida?
A verdade é que não há como saber...é necessário apenas esperar para ver o que a vida guarda de surpresa para você.
A ansiedade é para saber se o futuro será bom ou não. Será que é valido o medo de mudança? Arriscar é necessário, o barco anda, a tripulação está cheia e o dialogo com todos os tripulantes torna-se necessário.
De certo mesmo é que a mudança dificilmente matará você. E se matar para renascer como uma fênix em prol de um destino melhor, então que o amanhã venha.
Que o acaso me encontre e me mostre mil palhaços e que o coração, junto com as borboletas na barriga, venha com o coringa e toda a sua intensidade!

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Anunciação

Te anuncio dia  e noite
Bate forte no meu peito
Um reencontro com encontro
Um sumiço verdadeiro

Mais uma de amor...
Palavras ao vento!
Peixe que escorrega
E que me abandona
Quando chega em alto mar.

Na vida há sinais,
O que basta é saber ler.
Sou analfabeta no amor.
Te anuncio como sempre
Parecendo ser verdade.

Você existe em meu peito
E também em minha mente.
Noite quente com sussurros,
É Bruma leve das paixões
Que vem de dentro...



quinta-feira, 16 de maio de 2013

Bagagem

Você me pega.
Me aperta.
Me leva.
Me bagunça.
Me balança.

Eu me desespero.
Me desapego.
Me desalinho.
Me perco.
E não me vejo.

Meu nego,
És meu chamego.
Meu sossego.
Meu vilarejo.

Seu cheiro.
Seu beijo.
Seu jeito.
És meu desejo.

Não me iluda.
Não se mude.
Não se furte.
Só me segure.

Me leva prá longe.
Me leve prá cama.
Sossego na vida.
Na luta e no drama...

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Mente x Coração

Corpo trêmulo
Coração em disparada.
A mente pede :
"Pise no chão e na sua realidade"
O coração insiste:-"Será que é agora?"

domingo, 12 de maio de 2013

Asfixiando Palavras

Não ser o que deseja


                                 é o mesmo que morrer um pouco a cada dia.




Viver sem sorrisos

                                 É preferir a escuridão em dia de sol.



Não poder ser ao menos escutada por quem se deseja

                                                            É ter a certeza de sofrimento para a vida inteira,



Uma asfixia moral em um coração tão sentimental.....


sexta-feira, 10 de maio de 2013

Uma Crônica De Palavras E Coração

Um belo dia o Desapego e o Tolo foram passear juntos e sentiram que estavam bem.
No dia seguinte passearam de novo. Mais uma vez perceberam que estavam bem.
No terceiro dia, o mesmo contexto ocorreu.
Durante as semanas  que se passaram, eles brincaram, sorriram muito, rolaram na grama, descobriram as estrelas e também o amanhecer.
E em um dia triste, o Tolo, que muita tolice fazia, decidiu partir. Ele disse ao desapego que a felicidade plena assustava e inventou 1001 desculpas para partir. O Tolo partiu e, segundo ele, em rumo ao sol. O Tolo partiu e o Desapego chorou. Chorou um rio de lágrimas...sempre seguindo em frente e achando que o Tolo um dia iria voltar.
Com o passar do tempo, o Tolo virou a Ilusão e o Desapego o Amor Eterno (ganhou sobrenome e tudo mais!). A Ilusão tentou voltar atrás e procurar o Desapego mas nunca conseguiu alcançá-la e nem enxergar o Amor Eterno...


Ana C.F.G.

A Poetiza E Seu Dilema

Será que posso ficar só?
Será que vivo em multidões?
Será que amo ou não amo?
Será que gosto do sumiço?

Tenho tudo o que desejo.
Logo penso e realidade vira.
Logo falo e ele já concorda.
Busca a vida e a família,
Em força bruta e em um beijo.

Ter certeza do que se sente
É cultivar flores sem temer espinhos.
Pensar de mais já dá fadiga.
E me entristeço ao ter respostas.
O que faz a poetisa
Que chora e sofre sem motivo?

Será que sinto saudades?
Será que a falta é do que nunca tive?
Ou será que o coração dele eu tive no passado?
Será que é saudades do que possuo?
Falta boba dos enamorados?

Um beijo beijado com carinho
Faz o coração chorar sentido dor
Descompromissado com o resto
Querendo o mundo e pedindo bis.

Palavras e palavras...
Foram mesmo todas mentiras?
Como pode destino ruim,
Eu estar certa onde eu não queria?

Coração Em Desalinho

Será que é possível viver nas nuvens e morar no chão?


                                            Será que é possível fazer poesia com  pedras no coração?


                        Será que é possível viver com quem gosta da gente? (E a gente sei lá?!?)


                                                                    Será que um verdadeiro anarquista pode ser fisgado no amor?



Será possível um homem viver feliz fugindo de todos os amores que surgem?


                                              Seria possível dar chance para quem pisou na bola no passado?



Como posso viver com essas fugas que tanto me entristecem?


Palhaço, palhaço...peixe grande que um dia eu fisguei...vê se some ou aparece. Decida logo e bem rápido! Antes que eu morra ou enlouqueça.



Reencontro Sem Encontro

Sabe aquele beijo? Aquele abraço? Aquela noite em que nada rolou mais que é inesquecível?
Tudo isto estava esquecido. Decidi deixar para lá...esta  decisão é sempre a melhor quando não se importam com a gente. Mas basta um pouquinho de visão... o coração não rejeita aquilo que tanto deseja!
Num dia qualquer, com tudo em seu lugar...o céu bem azul, um sol bem gostoso, uma mente tranquila, lá de longe eu vi! Do vidro transparente um sorriso surgia...que belo sorriso e que olhos brilhantes! O dia era confuso, mas você parou o tempo, a correria e a nostalgia.
O mundo parou e o coração disparou. Do vidro um sorriso (que não era para mim), uma pessoa diferente e com a mesma essência...
Sabe o abraço que eu já não queria? Sabe o cheiro que eu já não sentia? Voltaram as noites que já não dormia...
Te encontro nos sonhos e em meus pensamentos, te dou boa noite e um belo bom dia!
Se não posso te ter já acho uma pena!
Te encontro em um sonho e em raros desejos...es minha erva daninha quando foges de mim...

terça-feira, 26 de março de 2013

A Culpa do Navio

Navio negreiro.
De longe apita.
Trás homem, trás gente,
Trás ervas daninhas.

Trouxe vinho e água ardente.
Trouxe preconceito e sofrimento.

Trouxe samba, trouxe vida,
Capoeira bom de briga.

A cultura mora longe,
É bem  longe de Portugal.
Um coloquio bem vivido
Trás magia e diversão.

Da chibata e do açoite
Vejo sempre o refrão
Uma rima mal vivida
Engasgou-se no porão.

O passado no museu,
O presente em minha casa,
O futuro vive ao lado.

Apitou agora o sino
Da indústria e da policia!
Corre o negro, minha gente,
Como pode ser vivida?
Uma vida como esta que repete a cada instante?
Vive avô, vive pai, tio, filho, irmão mulato.

Chega!
Basta!
Vassourinha!
Mande embora aquela gente
Que mete medo
E não tolera
Vive solto e sem hospício!



Medo de Lobisomem

Porque na realidade, o sonho trás felicidade.
Mostra verdades de um mundo paralelo. Algo que só existe ali. Sonhar é como escutar flauta: eleva-se o espirito e te leva para outra dimensão.
Sonhos que se vão. Recordações do antes, do amor, das noites cinzas, da alegria e das paixões.
Lua, seja minha amiga, sempre que apareceste me leve para aquele mundo em que brota-se felicidade.
Lua, querida amada. Não sejas tão traiçoeira. Leve-me sempre para as mais ardentes alegrias.
Lua tão querida, refletida na face de outrem quase transforma o medo em ficção, o pesadelo em realidade...não querida Branca, venha trazer a beleza, a leveza, a proesa de um beijo que vive lá no sonho meu.
Não seja bandida Lua breve, engane o Sol, faça-o demorar a chegar. Leve o Sol para lá e mande para cá o amado querido que lá no sonho está.
Já não quero mais sonhar...não desejo mais chorar...volte para os meus braços querido meu! Que de querido tem muito e muito pouco é meu!



segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Os Segredos do Palhaço

Por Ana Carolina Ferreira e Adalto Mauricio


Eu palhaço?

Eu próprio,

mísero Homúnculo,


palhacium,


sou um desses muitos milhares

que desperdiça sorriso e olhares 


Para sentir a primavera da vida


E os anos florescerem.


De tanto o meu coração insano e fiel buscar sentido,


Fantasie-me com cores e piadas,


Tentando achar a serenidade do céu,

Meus olhos de tão negros que eram se tornaram azuis.


Hoje muitos dizem que fadas e lagrimas consistem no desbravamento


De um palhaço...


Um palhaço fiel que vive sentidos e também a nostalgia

Individuo integro com suas utopias

As fadas porém buscam realizar os maiores desejos do palhaço

Palhaço amador, voraz e veloz

Pequeno em magia e imenso em ternura

As lágrimas o acompanham em eternas paisagens

As fadas ficam de longe tentando abrir passagem

O sol já se esconde

Deste olhar que tanto o intimida

Eis o palhaço e a vida

A fada e seu pesar

Eis a essência da vida

o amor e sua melancolia.

Adolescencia

Lá em cima do piano
Tem um copo de veneno...
Ser criança é muito bom!
Pega-pega sem parar.

Os adultos, esconde-esconde,
Não aproveitam a vida 
Nem as oportunidades.
É um Samba lelê
De um crioulo muito doido.

Enquanto isso,
As crianças e o uni-duni-tê.
Salamê Lelê!
Um sorvete colorido
Amores divertidos
Quando cresce se balançam!

E o copo de  veneno
Quem bebeu morreu.
Se és o adulto que pegou
O azar foi seu!!!





Entre Linhas

O palhaço e a sua flauta
Não entristecem o verão.
Traz a vida e os sonhos
Bem contente e gentis.

Um poeta da alegria,
Vive triste e sozinho.
Para cada piada e sorriso
Trás consigo uma lágrima.

A flauta entoa várias notas
Que demonstram a ingratidão
Da heroína e seus desgastes
Moça que se nota
Em cada postagem.

O palhaço de verdade
No circo não está.
Está no rosto do menino
Que sorrir ao invés de chorar.

A flauta e seu companheiro,
Sentimento verdadeiro.
Demonstrando a verdade
E a luz da realidade.

Viva a vida do palhaço
Um poeta musical.
Viva , viva a nossa flauta
Desenrolando o embaraço.


O Ano Gira Em Torno Do Verão

A noite de verão
Trás amores e rumores
Trás calor e temporal
Sol e chuva e até viúva para casar

O verão nasceu para que houvessem amores, dores e trovoadas
O verão também existe para que possamos descobrir
O verde mais verde, o canto mais belo e a vida mais plena.

O verão no meu país
Tem mais verde e amarelo.
Tem a Beija-Flor,
Tem o Pelourinho,
Tem o campo bem tranquilo,
E os segredos das Serras de Minas...

Amor de verão
Amores que virão
Amores que deixarão,
Amores da estação.

Chegando ao fim do verão
Corações separarão
Mas no futuro virão
Outros rumores, outros amores e outros verões.

Para a sorte do verão
E também das poetizas
O Outono vem aí
Com todo a sua melancolia
Cantando tristezas
Parlendas do verão
Esperando o inverno
e a sua frustração.

Mas antes da destruição
Vem novamente o primeiro verão
A primavera colorida e a frutificação.

Viva, viva as estações!
O coração e o verão!
Viva o ano inteiro,
Viva o mês de fevereiro!


Lembranças e Histórias

Em uma noite estrelada com lua amarelada, eu penso nos meus amores, dos vários sabores, dos doces desejos e daquele beijo.
Lembro dos amores  que não tive, dos sabores que não provei, dos desejos que não senti e do beijo que não dei.
Lembro da vontade de você, dos seus olhos, do seu odor e do amor que brilhou nos olhos mas não no coração.
Em cada palavra que dissemos, em cada olhar que trocamos, em cada descoberta...o meu coração pulsou mais forte.
As borboletas no estômago, o sorriso involuntário...coisas que guardo na lembrança...
A música que não tocou e as poesias em mensagens de celular...tudo isso é um quadro que possui várias imagens e, por isso, vira filme em minha mente...
Tão quente e tão distante, tão certo e tão mudo...um amor para recordar... algo que nunca começou...
Magias da lua amarelada que arrebata o sentimento que se esconde lá no fundo do peito...
É a vida e suas contradições...
São as lembranças da vontade que sentimos
E da dura realidade da rejeição...

O Palhaço e a Lágrima

Fervor da paixão
Saudade insana
O Palhaço e o amor
Valente e sofredor

A noite chega
E com ela traz estrelas
O coração dispara
Eu chamo você

O palhaço faz sorrir
Se veste engraçado
Conta piadas
Besteiras da vida

A noite chegou
Coração disparou
O palhaço chorou
A noite sorriu

Azul e branca
A noite chegou
Um céu estrelado
E um coração negro
A fada mais bela
Deixou feridas

Disparates da vida
Ser um palhaço
E um sorriso pedir...




segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A Imagem do Poeta

Um poeta e sua imagem...
A tristeza arrebatada...
Uma vida sem milagres...
E histórias despedaçadas.

Humanos sutis.
Por vezes hostis.
Chorando a alegria .
E brindando a lágrima.

Cálice de palavras.
Versos variados,
Sem demora,
E sem horário.

Não há escalão certo.
Nem gramática ou dicionário aberto.
Sente o choro e a gargalhada
Na garganta embaraçada.

Os poetas sofrem por tudo.
Sofrem com tudo
E riem de tudo.

São seres de gêmeos,
Amigos de cronistas
Serem intrigantes!
De certo, apaixonantes.

O poeta faz um milagre
Concebe como um filho
Cada rima e cada palavra.

O poeta e sua imagem...
É como uma rosa despedaçada...

"Terra Nossa"

No Brasil verde amarelo
Do verde já não vejo mais
O amarelo só no sol
Porque roubado o ouro foi.

Minha terra sem palmeiras
E os galhos bem quebrados
Vivo em cena e na mente
Do sábia ressabiado.

Da gota de chuva
Sinto o gosto do àcido
E da aflição de quem chora
Por tudo que a enchente levou.
Aflição que me devora.

Zé bulacha não tem voz
É amarelinho e não estudou
Sentir orgulho de ser brasileiro?
Somente com a garra que Deus deixou.

Segue as chuvas até março
Os galhos verdes tampando bueiros
Mais a boca dos brasileiros
Só se tampa até hoje
Com a violência das novas chibatas.



quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Comunicado...


Boa tarde galera que curte o metamorfoseando!

Como irei participar de um concurso de poesias postarei aqui um poema para cada cinco que eu escrever.
Caso tenham alguma ideia de temática pode deixar a ideia aqui nos comentários ou me mandar por email: acfgpedagogia@gmail.com

Namastê e um próspero 2013 para todos nós!