terça-feira, 20 de maio de 2014

Ato I

No chão frio da nostalgia, lembrei de você livremente.
Deitei nua em terra fria, esperando findar meu desejo.

No alto da cidade,
Jaz amor e igualdade.
Soa um grito de arrepio!
E o vento a levar os fios loiros do meu cabelo.

O passado na memória atormenta o meu presente.
Sigo em frente com o sorriso e com o desejo sempre ardente.

Sobram notas, versos e refrão.
A vida logo findará.
Já não possuo muito tempo...
O que me resta sofro por ti...

Poeta disfarçado. coração acelerado carrega.
Vive de prosa e espanta os versos....
Fez de mim uma feliz amante.

Vago o mundo a te procurar.
E ao encontrar o seu cheiro ou a sua teoria,
Durmo feliz por três dias.

No chão frio da nostalgia
Um coração acelerado
E um sorriso amarelado...


terça-feira, 13 de maio de 2014

Capoeirista

De cordão e berimbau
Deu salto mortal e gingou capoeira.
Do agogô ao atabaque
Marcou a chegada e mandou se  benzê.

Sai de preto,
Uma mortalha.
Tem gingado
E bom papo.

Capoeira está perdido!
Seu amor e seu orgulho
Brigam muito
E essa batalha
Será a morte da verdade.

Capoeira bom de briga
É da paz bem mais que eu.
Não esqueça sua essência!
Seu campo vital
Verdadeiro eu.

O amor te cobra muito.
O desejo sempre vem.
Mas aquilo que é real
O orgulho não faz perder.

Capoeira vem na frente.
Não esqueça o ensinamento:
Humildade e disciplina
Se carrega na bagagem.

De viagem ou de passagem
Menino homem se perdeu.
Volte o foco ô capoeira!
Quem não sabe de você sou eu.