sábado, 30 de junho de 2012

Te encontro em um sonho

O que faço para poder te encontrar?
Todas as noites,
Contigo, eu só consigo sonhar.

Proporciono momentos
E também circunstâncias
Separo momentos
E também as palavras.

Mas com você já não posso encontrar
São tantos não
Tantos porques
Quero te ver 
Mais você eu não sei.

São tantos problemas
E também situações
Entendo tudo isso
Mas preciso ver seus olhos.

Todos os dias eu só sei prometer
Prometer a mim mesma
Que irei te esquecer
O dia passa
O tempo passa
Não adianta
Procuro você.

Mas não adianta
Você não me atende
Mas nos poucos momentos
Que consigo suas palavras
Você diz que me quer
E que quer me ver

O coração é fudido
E ele acredita
Em cada palavra
E tenho dito!

Quero te ver
E tenho dito!
Contigo eu quero falar
E tenho dito!

Mas eu sei bem
Onde eu devo te achar.
Será no meu sonho
E tenho dito!

Prometo que 
Te ligar 
Eu não mais irei

Quer saber o que eu sinto
E também o que eu quero?
Me encontre nos meus sonhos...

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Precisa-se

Precisa-se de férias
E também do mel prazer.

Precisa-se de chuva
E também das nossas lágrimas.

Precisa-se do Girassol
Para lembrar da felicidade.

Precisa-se fugir
Prá longe desta sociedade.

Precisa-se de dinheiro
E também de sanidade.


Precisa-se daquela breja,
Gelada sempre no buteco da esquina.

Precisa-se de um cigarro.
Garantido pelos trocados diários.

Precisa-se  de um belo olhar
Que consiga ver nossa realidade.

Precisa-se de verdade
Que elas deixem  de ser Carmélia
E também de ser Amélia.

Precisa-se  de verdade,
Valorizar a mulher
Em nossa sociedade.


quarta-feira, 27 de junho de 2012

Sensações

Não sinto mais o teu cheiro
Nem o gosto do teu beijo
Não sei mais o teu jeito
Nem o gosto do teu beijo

Não consigo sentir o verbo
Pretensão de quem rejeita
Não consigo acostumar
Com o silencio que o inferno aceita

 Sinto falta do teu mel
O gosto do meu desejo
Sinto falta do apelo
Da tua voz em meu travesseiro

Já não penso mais em sexo
Mas o sentimento eu aceito
Eu gosto do teu beijo
E também deste desfecho
.
Onde está a tua face
Que nem de longe consigo relembrar
Me lembro de teus gestos
Eu sinto as tuas mãos
Me lembro do carinho
E também da contradição

Me lembro do olhar
Que me ganhou por simples fascínio
Preciso do teu beijo
Em dia de chuva
Em dia de vento
Em dia de sol
Em dia de lutas

terça-feira, 26 de junho de 2012

Ao relento

Os dias andam frios
E as noites muito mais.
Todos os dias,
Eu só sei me perguntar.
De noite as vezes,
Com isso eu até sei sonhar.
Como será que fazem
Aqueles guerreiros,
Nossos irmãos,
Que não tem nem onde morar?

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Vida: Liquida como Água!

Ser enganado é algo que já deveríamos ter acostumado. Mas sempre realmente é uma grande decepção, principalmente quando lembramos que já cometemos estes ou aqueles erros.
As vezes me traio em busca de uma verdade social ou por acreditar que as coisas ficarão perfeitas no momento.
Palavras, palavras diversas, é somente o que posso oferecer de melhor. O coração já nem existe diante de tantos falsos amigos e falsos amores.
Vejo outros amigos com seus novos amores e penso que mesmo estando mal eles irão se fortalecer e, quando vejo que estão bem, rezo para que seja para sempre.
Na verdade, rogo para que eu me preocupe mesmo somente com como devorar o delicioso bolo de cenoura com chocolate que a minha mãe fez. Não é assim que deve ser? Todos se preocupando apenas com o seu próprio umbigo? Preciso de pensar menos e voltar a ser assim. Quem sabe deste modo eu não acabo me encachando nesta sociedade estranha em que vivemos?
Quero amar a vida e  pregar isto aos meus amigos, mas vejo que dentro da Babilônia nada mais é possível.
Perdido e com vontade de gritar...quem nunca estará?
Um grande viva a sociedade liquida!!!!!

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Carente de um olhar

Procuro o teu olhar.
E também os seus gestos.
Procuro o sentimento,
Que pelo olhar
Podem ser revelados.

Não diga que não quer
O meu olhar encontrar.
Quero alimentar os teus desejos
E transformar seus sonhos em realidade.

Não diga para que eu
Não procure o seu olhar.
É o mesmo que pedir,
A uma singela rosa,
Que não desfrute do por-do-sol.

O silencio é destruidor
E as dúvidas se fazem constantes.
Até fico a perguntar:
"- Serei eu mesma
A tal Musa Inspiradora?"

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Respirando em BH

Carros.
Livros.
Angustias.
Lamentos.

Cidade grande.
Cidade insana.
Cidade amante.

Pessoas medíocres.
Pessoas ingenuas.
Pessoas loucas
E você por aí.

Alegrias
E tormentos.
Sexualidade em alta.
Livros banalizados
E apostas esgotadas.

Pare um tempo.
Reflita.
Sinta.
Veja as flores.
Veja a lua.
Perceba os gestos
E também o meu bom dia....

Se for para correr
Que seja com os seus pés
Se for para beijar
Que seja em minha boca.
Se for para sentir
Que seja com o coração
Se for para amar
Que seja a natureza.

Carros.
Cidade grande.
Pessoas medíocres.
Alegrias.
Pare um tempo.
Se for para correr..
Então que venha até a mim.

domingo, 17 de junho de 2012

Uma Tarde Com Janis Joplin


Era o grande dia.
O dia do encontro
O encontro do dia.

Ela se arrumou.
Tomou banho.
Arrumou o cabelo.
Se perfumou.

Eram tantas palavras,
Bonitas e suaves.
Pareciam até rosas,
Enamorando as aves.

Quanta ansiedade
Para vê-lo na cidade.
Era preciso ler seus olhos
E saber se as palavras eram verdades.

Não vestiu o seu melhor vestido.
A melhor roupa não era preciso.

Estava com as mãos geladas.
O corpo trêmulo.
A cabeça erguida
E o coração quente.

Um telefonema,
Sem resposta...
Uma mensagem,
Sem resposta...

Chegou ao local combinado,
Esperando seu herói.
Um herói estabanado.
Um menino injuriado.

Outros telefonemas
E também novas mensagens.
Com nada obtinha resposta,
Nossa heroina ficou arrasada.

O tempo passou...
Nada rolou...
Ninguém a acompanhou.

Escutou aquela música,
Como se a música o fosse buscar.
Mas somente a Janis Joplin 
Conseguiu aparecer por lá.

O príncipe com cara de "Bem",
Vestiu a roupa de "Bobo da Corte".
E da piada fez poesia
Ironia triste para um lindo dia.

Para ainda piorar,
Um show romântico 
Rolou por lá...

Mais telefonemas...
Menos respostas...

Entendeu enfim.
Eram palavras apenas.
Ele não pensa nela
Nas tardes em Atenas.

Entendeu enfim.
Era uma piada apenas.

Coisa cruel.
Rapaz muito mal.
Conseguiu a chave principal,
Somente para brincar 
Com o tesouro real.

Eram palavras apenas.
Jogadas ao Vento.
Nos dias serenos
Da cidade dos tormentos.

Sozinha no caminho,
Ela soube continuar.
Desse bicho ela espera de tudo,
Já nem um palhaço a faz chorar.










quarta-feira, 13 de junho de 2012

A Angústia da Serenidade

A verdade é que eu me apego as ilusões,
As emoções,
As descrições.

Me iludo no palco,
Na peça diária
Do plano da vida.

Crio expectativas
Relacionadas aos meus  medos.
Passo a ter medo dos meus medos.
Pergunto-me o tempo todo
Se, ao acaso,
As minhas observações são infundadas.

Tenho amigos que me mostram falsas realidades,
Gerando esperanças infindas.

Gosto mesmo é do cheiro da noite
Da primavera colorida,
Dos dias verdes e cheios de vida.

Acredito de verdade no canto dos pássaros.
Ouço com muita profundidade o som que sai de um violão.
O som límpido de uma flauta não me é coisa constante.
Mas não me iludo pensando que um dia será.

Quero de volta os meus dias livres no parque.
Quero voltar a ser um vigia da natureza.
Sentir o coração puro
Longe das tragédias e dos maldizeres.

Era tão bom o tempo
Em que eu tinha certeza absoluta,
A mais pura  convicção,
De que as pessoas estavam ali,
Simplesmente, por querer estar ali.
Sem nenhum interesse politico.
Pessoas, que me passavam segurança.

Sinto falta de beijos sem deveres
Ou segundas intenções.
Sinto falta de confiar no mundo
E também de relaxar.

Eu não sirvo para ser referencia
Eu não quero que me reproduzam.
Não me escolham como foco.
A queda será retilínea e nada uniforme.

Não sirvo para usar terno
Também não sirvo para a revolução.
Gostaria apenas de implorar:
- Libertem a felicidade que há em seu coração!

Não preciso muito para ser feliz.
Mas o que tenho em excesso me faz infeliz
Vou caminhando e cantando
E seguindo a canção
Mas as vezes os meus dias são de bar em bar.

Isto não é poesia,
Nem existe melodia.
É apenas um desabafo
De um pobre coração indignado
Não pela falta de amor
Nem pela falta de humor
Mas pela falta que o amor faz na sociedade.
E o que pode causar a falta de humor
Eu não me tiro o luxo da dúvida
Mas sim o da felicidade.






segunda-feira, 11 de junho de 2012

Segunda-feira às avessas

Acordei feliz
E sem motivo!
Que alegria ,
No coração.
Não sei quem sou.
E porque sou.
Estou feliz,
Acordei assim!

Acordei para a vida!
Para a realidade!
Descobri a vida!
E estou feliz.

Não há motivos!
Não existe um nome!
Estou feliz
Porque me vi assim!

Nada daquilo.
Nada assim.
Nada assado.
Nada disso.

Acordei feliz
E estou aqui!

Gosto de mim!
E não adianta
Ter tanto esforço
Para provar
Que o que faço,
Que o que falo
É algo utópico,
E rir de mim.

Estou feliz!
Acordei assim.

Bom dia futuro!
E adeus passado!

Estou feliz
Por ser assim!



domingo, 10 de junho de 2012

Denúncia de traição


Como pode
Um peixe vivo
Viver fora da água fria?

Como pode um ser humano
 querer  lutar sem um fundamento?


Como pode
Um peixe vivo
Viver fora da água fria?


Como pode o ser humano
Querer lutar mas não poder?

Como pode um peixe vivo
 viver fora da água fria?

Como pode um ser humano,
 usar a luta para mascarar
 o sentimento e a inveja
que bem maquiado está?

Como pode querer alguém
 Ter títulos para mostrar
 E não querer possuir,
 Um histórico para contar?

Como pode o peixe vivo
viver fora da água fria?
Como pode um militante
 está fora de sua luta?
Como pode o oportunismo
fechar bem seu "compromisso"?

Como pode o peixe vivo
viver fora da água fria?

Como pode um ser humano
 ter a prática diferente da fala?

Como pode um peixe vivo
 viver fora da aguá fria?

Como pode um ser humano
 ser exaltado sem pudor
quando este não consegue
 uma profunda auto-crítica
e nem consegue sentir dor?

Como pode um peixe vivo
viver fora da aguá fria?

Como pode um ser humano
esconder a Guerra Fria?


terça-feira, 5 de junho de 2012

O Peixe Palhaço

Palavras...
Ideologias...
Será um ogro?
Ou um gatinho?
Como pode ser tão igual,
Num pensamento nada usual?

Que anzol é este
Que me pescou?
Não posso amar,
Nem acreditar...?

O sentimento...
Nele, nunca existiu.
Será verdade?
Meras palavras...

Que desáfio
Ao coração!
Estar com um alguém
E sem razão.

É um desafio
 a coerência,
ao discurso
bem salafrário.

A decisão
é arriscada.
Não sei quem é,
Nem de onde veio.

Mas nunca amou?
Que incoerência
Do coração,
Que sempre foi
 tão libertário...
Que vagabundo!
Pobre diabo!

Que peixe é este
Que me pescou?
Não teve anzol,
Nem solidão.
Não sou Sereia,
Nem girassol.
Sou ser feliz
Na escuridão.

Que bela noite!
Sem sentimentos.
Que belos olhos,
No pensamento!
Que beijo bom
No coração.

Será mentira
A sensação?
Minha, porém,
Não deve ser.

Coração fechado.
Mente arredia.
Numa só palavra
Não acredito!

Que peixo lindo que me pescou...