terça-feira, 26 de março de 2013

A Culpa do Navio

Navio negreiro.
De longe apita.
Trás homem, trás gente,
Trás ervas daninhas.

Trouxe vinho e água ardente.
Trouxe preconceito e sofrimento.

Trouxe samba, trouxe vida,
Capoeira bom de briga.

A cultura mora longe,
É bem  longe de Portugal.
Um coloquio bem vivido
Trás magia e diversão.

Da chibata e do açoite
Vejo sempre o refrão
Uma rima mal vivida
Engasgou-se no porão.

O passado no museu,
O presente em minha casa,
O futuro vive ao lado.

Apitou agora o sino
Da indústria e da policia!
Corre o negro, minha gente,
Como pode ser vivida?
Uma vida como esta que repete a cada instante?
Vive avô, vive pai, tio, filho, irmão mulato.

Chega!
Basta!
Vassourinha!
Mande embora aquela gente
Que mete medo
E não tolera
Vive solto e sem hospício!



Medo de Lobisomem

Porque na realidade, o sonho trás felicidade.
Mostra verdades de um mundo paralelo. Algo que só existe ali. Sonhar é como escutar flauta: eleva-se o espirito e te leva para outra dimensão.
Sonhos que se vão. Recordações do antes, do amor, das noites cinzas, da alegria e das paixões.
Lua, seja minha amiga, sempre que apareceste me leve para aquele mundo em que brota-se felicidade.
Lua, querida amada. Não sejas tão traiçoeira. Leve-me sempre para as mais ardentes alegrias.
Lua tão querida, refletida na face de outrem quase transforma o medo em ficção, o pesadelo em realidade...não querida Branca, venha trazer a beleza, a leveza, a proesa de um beijo que vive lá no sonho meu.
Não seja bandida Lua breve, engane o Sol, faça-o demorar a chegar. Leve o Sol para lá e mande para cá o amado querido que lá no sonho está.
Já não quero mais sonhar...não desejo mais chorar...volte para os meus braços querido meu! Que de querido tem muito e muito pouco é meu!