sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Brasil e suas brasas

Verde e amarelo são nossas cores
Vermelho e preto é nossa luta
Martelo e foice até caem bem
Mas na luta com as mascara necessárias defendendo o povo.

Verde? Amarelo? Vermelho?
O povo é negro. pobre e passa fome!
Cadê a foice? E o martelo?
Cadê a luta? Cadê a garra?

O povo é negro e tá com olho vermelho...
O povo quer pão e poder para trabalhar
O povo quer terra! O povo quer vida!

O que é isso candidatxs? Quando olham para o povo?
Esse povo preto e pobre é bem mais que verde e amarelo!
Queremos vida e alegria! Devolvam  a alegria do negro e do índio!

Entendam que o amor é bem livre! Entendam a nossa subjetividade!
Entendam a luta do Zé, da Maria e do cachorro!
Produzam voces o amarelo e deixem o verde em paz!
Percebam o preto, o pobre, o favelado, o amarelo do cangaço,
A tristeza daquele índio e do irmão que não pode amar!

Nós somos todxs verde e amarelo,
Somos todxs brasilianos!
Queremos mais verde e mais amarelo,
Queremos força para lutar!

Menina e Mulher

Bambolê e pula-pula
Brincadeiras bem antigas
Pula-pula no terreiro
Bica-bica no galinheiro!

Bambolê faz rebolar.
Antes na cintura e agora no dedo.
Gostei bem da brincadeira
Quero repetir o verso!

Pula-pula  de galho em galho,
Brincadeira perdeu graça!
Bambolê eu quero sim,
Bem no dedo e amarelo.

Bem Sabia!

Bem ti vi na beira do jardim!
Fiquei feliz além da nota!
Bem ti vi rodeando a Flor Seca...
Preocupei, mas, somente espiei!

Bem ti vi dançando em nota.
Bem ti vi beijando em verbo!
Bem ti vi lá no abacateiro
Visitando o Sabiá!


Tudo Realmente Acabou!

Dos  caracóis do meu cabelo
Não doei nem um cacho para ti.
Das ideias enroladas na cabeça
Não alisei nem o amor que sinto por ti.
Do sorriso coringa que dos meu lábios saiu
Não foi para ti que os meus olhos sorriram.

Mas da ardente vontade do corpo,
Do pulsar do coração,
Do grito não solto,
Das brigas sem nexo...
Guardei para ti meu amor e loucura.

O meu coração eu doei
E solto te deixei
Voltar não voltou...
Mas, que pena!
Você não me liberou...

Da Laranja, Eu Quero A Polpa!

Da serena flor da laranjeira
Eu roubei o cheiro,
O brilho das folhas,
E o gosto do fruto
Para virar Carmélia
E ter você no futuro.

Da Metamorfose Do Tempo

E se a alegria da sorte me faltar
Contarei com a tristeza da presença da dor.

Se a saúde me abalar e  a vida se findar
Contarei com a beleza das tardes,
Chuvosas ou ensolaradas,
Para me alegrar nos últimos dias.

E se o chão se abrir e lá no fundo eu cair
Da vala farei a minha morada e uma rosa colocarei na sacada.

Se a sorte do lucro não me visitar
Amargando no coração serei a pedinte com um belo sorriso,
E um belo conselho para as moças bem ditas.

Mas se, e somente se, no final da história você lá não estiver
De nada valeu superar a dor,
Ter uma flor,
Um belo sorriso
Ou ser a bendita das bem ditas.





Diário

Acordei.
Levantei.
Café tomei.
Banho também.
Mal me arrumei.
Maquiagem? Nem sei.
O cabelo não arrumei.
Se de manhã saí em cacos,
À noite voltei só o pó!

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Metamorfoseando: Uma Tentativa de Explicar Senssações

Por Ana Carolina Ferreira

Das batalhas escandalosas , abençoadas são as mulheres.
Reféns do mais alto padrão capitalista, são responsáveis pelas mazelas do mundo.
Bem ou mal, mau ou bom; mulheres andam de calça e salto alto.

Saiões, batons vermelhos, unhas raras, cabelos longos ou curtos.
As mulheres exigem respeito as suas decisões. São a própria fúria popular!
O seu grito não é nostálgico, querem o gozo sem desaforo.

Donas do próprio corpo, não conseguem ainda fazer a sua vontade...
Satisfações impróprias e eficazes...
O homem ainda observa a mulher como acessório de consumo.

Se dá é inescrupulosa e vulgar, se não dá é a santa que com toda a certeza é a do pau oco.
Paus a guela abaixo, não é suportável a náusea que o machismo dá.
Caráter baixo, incapaz de estar lado a lado de sua companheira, a pseudo-esquerda e a direta (pobre ou rica) não entende a opressão.

Ser mulher requer coragem, vontade e postura suprema.
 Ser mulher nos dias de hoje é ser sublime e ser rara em seus excessos.


A Solidão da Rara Rosa


Ana Carolina Ferreira

A dor tem cor e tem cheiro.
A dor  tem apego e desalento.
A dor tem força e fraqueza.

No incio a dor era raiva
Era transtorno
Era maneira

Aí vira pressão,
Opressão
E auto-repressão

Em um dado momento,
E não sei dizer bem quando,
A dor vira solidão...
Perde o gosto... do sabor ao cheiro!
Vira angustia, silêncio e depressão...



domingo, 13 de julho de 2014

A Cor da Dor


Ana Carolina Ferreira 

Eu não sei quantas dores um abraço pode cobrir
Mas eu sei quantas alegrias e verdades me trazem um sorriso

Não sei quanta vaidade há hoje em seu olhar
Mas eu sei quanto te flertar me faz sonhar

Eu não sei quantas dores cabe em seu coração
Mas eu sei o quanto é grande minha ilusão

Se foi paixão, eu não sei
Se foi romance, eu não sei

Sei somente o livro interminável que eu sou
E amplitude do verso que sua vida se tornou...

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Sensações, Medos e Incertezas

A mudança e o desejo seguem juntos sempre em frente.
Finda verso e teoria, rezam gritos de alegria.
Passo a passo e pouco a pouco
Segue só em nostalgia
Finda flor em raios frigidos
Só nos resta rebeldia.

Sem tormento e  calor
Falta a fuga e amor
Com a dor se segue em frente
Mas perdido em seu rumo.

Vaidades deploráveis
Ser humano é pequeno
Grande pode ser a força
Mas a mente já o prende.

Seja certo ou errado
O batalhão é popular
Segue a fúria e o pavor
O rancor a pena dor.

Já não sei qual é o medo
Nem o preço a pagar
Pelo pão e pelo trigo.
Vou vivendo a duras penas...

Segue em frente companheiros
No concreto e na palavra
Já não se pede a terra
Pede força prá lutar.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Ato I

No chão frio da nostalgia, lembrei de você livremente.
Deitei nua em terra fria, esperando findar meu desejo.

No alto da cidade,
Jaz amor e igualdade.
Soa um grito de arrepio!
E o vento a levar os fios loiros do meu cabelo.

O passado na memória atormenta o meu presente.
Sigo em frente com o sorriso e com o desejo sempre ardente.

Sobram notas, versos e refrão.
A vida logo findará.
Já não possuo muito tempo...
O que me resta sofro por ti...

Poeta disfarçado. coração acelerado carrega.
Vive de prosa e espanta os versos....
Fez de mim uma feliz amante.

Vago o mundo a te procurar.
E ao encontrar o seu cheiro ou a sua teoria,
Durmo feliz por três dias.

No chão frio da nostalgia
Um coração acelerado
E um sorriso amarelado...


terça-feira, 13 de maio de 2014

Capoeirista

De cordão e berimbau
Deu salto mortal e gingou capoeira.
Do agogô ao atabaque
Marcou a chegada e mandou se  benzê.

Sai de preto,
Uma mortalha.
Tem gingado
E bom papo.

Capoeira está perdido!
Seu amor e seu orgulho
Brigam muito
E essa batalha
Será a morte da verdade.

Capoeira bom de briga
É da paz bem mais que eu.
Não esqueça sua essência!
Seu campo vital
Verdadeiro eu.

O amor te cobra muito.
O desejo sempre vem.
Mas aquilo que é real
O orgulho não faz perder.

Capoeira vem na frente.
Não esqueça o ensinamento:
Humildade e disciplina
Se carrega na bagagem.

De viagem ou de passagem
Menino homem se perdeu.
Volte o foco ô capoeira!
Quem não sabe de você sou eu.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

SAMBA DE POETA

(Ana Carolina Ferreira)
(J.W.Papa)

Poeta quando morre,
vira samba!
Sem amor dentro peito...
Sofre de saudade,
somem os versos.
...
Poeta bom,
é poeta morto!
Entanto,
estou vivo.
Vivo?

Mas largado e sem nexo
Isso nem é viver!
Remoer o passado
guardado lá no fundo do peito,
trazer à tona as dores de viver.

Viver só de lembranças
é como não viver.
A manhã, turva fica!
O sol abraça a lua,
demora anoitecer!

Fazer poesia nesses tempos,
é como prenúncio de chuva na televisão:
Fortes raios e ventos à vista,
e chuva fria
desdizendo a previsão.

Desconcertado

(Ana carolina Ferreira)
(J.W.Papa)

Ando desconcertado
com uns tropeços ai
do meu coração.

Ando tentando não errar os passos dados
tentando não trocar
os pés pelas mãos.

Ando dando passos errados
desconcertado
em meu próprio refrão.

Perdido nas lembranças
de outros tempos
lembranças de um antigo amor.

Ando minguado
choroso
feito eu só!

Paro as vezes ao lado dela...
Relembro os doces desejos meus
pretendidos ao auscultar sua voz.

Morro nos versos poéticos, ora lidos...
Revivo nos segundos que estou só!
Caminho desconcertado pela vida.

Na rua da casa dela, nem passo mais.
Lembra-me as flores no muro
dos beijos, dos abraços, do fim.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Ana Carolina Ferreira

 Por Amauri Fernandes Rodrigues - Poeta Mineiro e Psicólogo

Arrasto em silenciosas indagações por paginas. 
Preso a frases, agarrado em virgulas, pontos e 
cansado assento em metáforas a meditar nas interrogações.
Será, que nesse curso de andarilho em letras, serei merecedor de uma canção?


terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Se Antes Amor Porque Sobra Dor?


Da clara luz que finda no coração,
Da doce alegria da ilusão,
Da morena dor e da cor da laranjeira,
Da desilusão que jaz no peito e desintegra.

Desintegra a alma,
Desintegra força,
Ego
E paixão.

De quem finda o amor que tem.
De quem ama e desama.
Da preocupação que jaz no tempo:
Eis a ilusão

Se peco, ou pecava,
Ao amar-te e a outrem também,
Foi a ti que sugeri o beijo.
Eis que o corpo jaz também no tempo...
Em meu peito, nem liberdade...

Choro lágrimas inexistentes.
Nem fui amante,
Nem fui gente.
Sinto ciumes do que não foi,
Do seu atrevimento em seguir em frente.

Esperar-te para sempre em meu peito,
Mas de vero, nem aportunadamente
quis te ter em realidade.

Poeta neandertal que fala de comício e de demanda,
Que jaz agora cintilante
Da falta que não existiu
E da surpresa de companhia.

Jaz também aquele outrora
De libertárias conversas presas em garganta
E ciumes pungente.

Jaz mentira.
Jaz medo.
Jasmim!

Preocupação inexistente,
Dor agora ausente.
Mentiras da poetiza
Que se vê sempre inocente.

Amores errados,
Escolha perdida.
Realidade proferida
Com o comunista errado!

Jaz agora,
Amor que não foi.
Jaz agora
Amor errado!
Jaz aqui...
Jaz em mim...
Já em mim...
Jasmim!



terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Tico

Reencontro programado.
Antigo amor e novo amigo.
Tantas foram as emoções
Que custei a entender.
O coração se dissipou,
Caiu fora e parou.
Gira bola.
Gira mundo.
Ontem foi,
Hoje passou.
Amanhã é vida nova!
Novos amigos
Sem rancores.
Velhos amores,
Nostalgia!
A vivencia é o que conta....
Me conhece desde ontem
E de outros carnavais!