domingo, 30 de junho de 2013

Aborto Certas Convicções

Abortando certas convicções
Eu me afirmo e reafirmo.
As mulheres,
Flores guerreiras,
Sofrendo a esmo a dor da solidão!
Guerreiras de salto
E também de ideais
Sofrem como bandidos
Nas mãos da polícia
Anunciada pelo amor.

Abordo certas convicções...
Que não outras
Nem diferentes
São sementes concretas
De uma sociedade...
Liquida, mas com concretude
Na essência individual.

Aborto certas convicções...
Mas não tente me colonizar
posso até entender você
E também seu ar de desalinho.

Não confio em partidos,
Não confio em palavras,
Não confio em ninguém
Com 32 dentes!

Aborto certas convicções,
Mas sem esquecer a essência
Que tanto me transita
E tanto é interdisciplinar.

Aborto e abordo...
Com você na cabeça
Coração acelerado
Vivido de ilusões
Mas em luta num mundo endiabrado...

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Adeus nobre Palhaço...

Coração desmiolado
Faz anseio virar raiva
Da palavra proferida
Na vida, somente a vergonha.

Novo sopro por aí
Esquecendo o que vem do alto
Adeus velho Palhaço
De riso bobo
E gestos tolos

Suas mentiras virarão piadas
Num futuro que não tarda
É uma pena, uma novela,
Com um fim, inesperado...

Samba, rock, reggae e forró
Saiu músico de todos os lados!
A flauta doce, não mais terei,
O belo prazer, de escutar.

Vem percussão, vem bossa nova,
Vem o de olhos verdes e também o de pele negra.
Vem comunista e também homens simples.

Só um anseio, de liberdade
Desesperados e sem razão
Estou tranquila, com o coração.

De carne e osso.
Coração triste.
Decisão firme.
E com razão.
Já era hora.
Novela não.
Musicas alegres.
Já voltarão....

domingo, 2 de junho de 2013

Donzelas, Palhaços e Não-Poetas



(Ana Carolina)
(J. William)


As noites se vão e voltam noutro dia:
sua missão é esconder-se atrás dos montes
e recolher  lá de trás dos montes os dias.

Bom...Vou dormir!
Dormir e pensar nos belos beijos
e nos meus terríveis anseios.
Dias passados, dias presentes,
sonhos inteiros,
o Morro no alto
e ele (a) em meu peito.

A mentira e a verdade,
a coragem e a outra metade...
Na sorte da vida,
postas em pé de igualdade.

A noite, assim vai:
A Izadora e o Palhaço.
O medo e o anseio.
A verdade e a metade.
Os beijos e a realidade.
Como carne e unha,
como unha e carne.

O passado e o presente
e agora a outra metade,
posta em seus sonhos 
e momentaneamente
longe da realidade.

Boa noite cara (o) colega,
que tudo tem e de tudo faz.
Seja assim verdade o que dizes,
ou mentiras o que fazes.

Na pseudo realidade que se perfaz,
um coração escancara sua verdade contumaz:
- Um palhaço vestido da pele de um moço-
fazendo graça na noite sem pedir licença pra um alguém, 
ignorando o dia e  noite em busca de algo secreto e impuro
em um mundo que não pertence a ninguém.

Qual será a saída dessa quizumba:
Mentira, verdade ou liberdade?