O Que Vejo por aí...

E AGORA, JOAQUIM?
E agora, Joaquim?
Vamos anular a Reforma da Previdência? O mensalão não acabou? E a corrupção sumiu E agora, Joaquim? A Copa chegou, o povo protestou, e você quase se candidatou. E agora, Joaquim? O pré-sal foi a leilão. Mas, como disse o Lobão: isto não é mais privatização. E agora, Joaquim? "O Brasil ainda é pau... É pau a pique, pau de arara, é o pau do policial! O Brasil, só não é pau brasil!" Professor Túlio Lopes - 15 de novembro de 2013
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Palavra 

Uma palavra ávida deixa a boca,
vai como isca para trazer outras,
perde-se e encontra-se por aí, entre tantas.
Como um barco, que rema contra a maré,
ela vai de encontro às contra palavras,
tecendo inquietações na calmaria,
costurando ondas de sentidos,
num mar de sentimentos.

A palavra ora viaja com o vento,
lançando sonhos, certezas e esperanças.
Faz como um sopro de sentido na vida,
reproduz-se como trepadeira,
povoa-se da palavra alheia,
quer acalentar o coração aflito,
preencher lacunas da razão humana.
Aquele sentido primeiro se quedou perdido.

A palavra dita quer aprisionar o mundo
mas a liberdade insurge em tuas lacunas.
O não-dito preenche o teu hiato,
à voz de outrem funde-se.
Um novo sentido de viver
no mundo, uma nova palavra
povoa de sentido o coração.

Marcos Calazans



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SEXTA-FEIRA, 9 DE NOVEMBRO DE 2012


"O Rato"

E aí Dr. Ratazana! Lembra de Mim? Eu fui o seu aluno na historia... Aquele que sacava muito de arqueologia, mas que não era bom o suficiente para ser historiador...Me formei...E você? Como vai?

Oi Dr. ratazana, sou eu! Aqui nova
mente... Aquele que saca muito de história, mas que não é bom o suficiente para ser filósofo –mesmo, já o sendo...

Oi Dr. ratazana, sinto muito pelo tiro que levou, sinto realmente, mas não pelo único tiro...E sim, por ter sido só um! Pois deveria ter sido 17!

Mandarei o seu assecla, ou o seu correligionário como falso leviano à espera de uma vaga, levar uma flor...Mas é a minha e não a dele!

A flor, ela será de Lótus! Aquela que abrolha em meio aos cadáveres, carniças, corcovas e moribundos!

Mandarei colocá-la em meio ao seu ser jazido! Na sua sepultura daninha! Repleta de intrigas, de sonhos quebrados e de desesperança.

Pois eu -e os outros do mundo em chamas-, somos a nova Ordem-Mundial e não o que você disse ser, ou o The Economist e a TV...

Você é o que ficou para trás: está enterrado, sepultado, chafurdou na própria bile e foi digerido por ela, é gordura pra queimar.

Tu foi o que há mais de pútrido, mais deletério (em vida), hoje é só o miasma do cadáver, semi-morto, na mente de outro, o abandono! Que mereceu apodrecer vivo e felizmente morreu! Tragicamente, hilariamente, patéticamente!

Você foi o suplantado, o suprimido , eu limpei (e limpo eternalmente ) a minha bunda com o seu curriculum Lattes, quando cago na Avenida Brasil. Seu filho da puta!...Você é um execrável, Dr.

Mereceu o paredão, sem perdão! Sem reflexão, sem episteme, sem formalidades, sem cerimônias, sem humanismo. Ué, você não é o inumano?

Você é o encosto do espírito, aquele que inexiste!...Pois aqui na imanência, não há espíritos! Agora, na hora da débâcle, na hora da morte, seu filho da puta...Você crê em espíritos?...Não é o que seus livros dizem, Dr!

- (Felipe Lustosa)


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Minha terra

Minha terra é a terra do frevo
do xote, do xaxado, do forró,
carne de sol, qualhada e bobó,
sanfona, azabumba e realejo,
caatinga, sertão e muito brejo.

Minha terra é a terra do povo
de Luís Gonzaga e Jackson do Pandeiro,
do mar que quebra na praia,
do chapéu de couro, gibão e sandália,
procissão, reza e mortalha.

Minha terra é a terra do rebolado,
da dança, da crença, do mato fechado,
dos rios, da mata e da fartura,
tão invadida que não perdura
ameaça o sonho, agride a candura.

Minha terra é a terra do embolado,
da disputa do azul e do vermelho,
do tacacá, açaí e caranguejo,
farinha, água e lampejo
que cai e irriga o ano inteiro.

Minha terra é a terra do trevo,
da negra, da mulata, da morena,
da eterna garota de Ipanema,
das belas pernas, das grandes bundas,
das ancas quentes e salientes.

Na minha terra tem a Bahia,
O Pernambuco, a Paraíba e o Ceará,
Minas, Goiás e o Belém do Pará.
O velho Chico e o Grande Chico,
Os pampas, os longínquos morros do Amapá.

Não tem Y.
Não tem W
Não tem K.
Vão se embora!
Tirem a mão do meu jabá!

AFONSO COSTA
Jornalista, escritor e membro do CR/RJ do PCB


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Nas turvas águas de Camões
(J. William)

Belo e esplendoroso rio-mar que por aqui finda
com aroma de flores murchas impregnando as esquinas.
Sinuoso segue coberto pela modernidade,
meio entristecido e moribundo na outra metade.

Águas estranhas de um rio-mar
em terras distantes de acolá.
Monte Carmelo onde está?
Saudades (eu) sinto por não te encontrar.

No leito triste
de um rio-mar
segue a vida:
- já sem se importar!

Nem pontes
nem rio
nem margens
nem mar.

Do mundo velho
quase não se tem notícias,
somente das memórias
de uma morte em vida.


www.poesiacomalmajunto.blogspot.com





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VERBETE: DESEJO



Transito entre verbos, visito sentenças, um adjetivo alça voo
E tudo que me resta é rimar sua boca na minha.
Teclar seus olhos, conjugar sua fronte, colocar pequenas
vírgulas em seus lábios, eis a obra escrita no papel da carne.
Musa do desejo ancestral, em que edição te encontras?

Daniel Oliveira

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Poesia a Belo Horizonte


Teus abraços, de concreto
Teus beijos, de vidro
Teus amores, de plástico
Teu céu já não é tão azul
E sempre te direi 
Que já não és a mesma de antes
Por mais que te ame
E ainda te contemple
Em belos horizontes.

                                                                            Iara Ferreira 

                                    http://alemdosorigamis.blogspot.com.br                  

                                                

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Ying Yang


Meu bem, meu amor, minha menina...
Meu calor, meu tédio erva daninha.
Minha paz e solução
Teu inferno e complicação

Minha carta e teu desabafo
Fortaleza meu peito de aço
És minha inspiração
Duvida erro e canção

Tua verdade e minha certeza
Culpa que transpareça
Porque não me esqueça?
Mas o que sinto por dentro
Você no pensamento

Se você é feliz
É o que para todos diz
Cabeça no travesseiro
Se revira avesso
Meu cheiro nos seus pelos
Ainda te traz medo

Não sei do fim
Te quero só para mim
Tenha algo em mente
Se para tu todos mente
Te amarei para sempre.

Roale Pereira
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