quarta-feira, 16 de maio de 2012

Mulher Anarquista

Eu me transformo em caminhos,
Curtos e estradas.

Sou uma carreira,
Desfocada e sem nexo.

Sou um diamante,
De brilho estonteante.

Sou um furacão.
Com todas as suas pertubações.

Sou tenebrosa,
Assim como o mar.

Sou estressante,
Feito a luz solar
Em olhos sensíveis.

Sou fera.
Sou brasa.
Sou delicada.
E sou mulher.

Maliciosa e incrédula.
Encanto as serpentes.
Abraço com garras.
E meu beijo é veneno.
Sou Erva Daninha,
De um mundo voraz.

Sou Bicho da Seda,
Em metamorfose.
Eu sou Flor de Lótus.
E também sou carnívora.
Tenho desejos.
Penso em assédios.
Eu sou mulher.

Um ser anarquista,
Bem libertário.
Meu riso é um berro!
Minha palavra é um gesto!
Sou ser perigoso.
Sim, sou mulher.

domingo, 13 de maio de 2012

A Metamorfose da Gramática Vivida


Passado
E presente.
Receio do futuro.

Coisas que não vejo.
Que não vi.
Que não sei.
Que senti.
E que não senti.

Solidão.
Razão.
Desespero.

Desapego.
Solidão.
Multidão.

Pássaros noturnos,
Cantam em meu peito.

Minha mente paralisa.
Vai em busca de sonhos.
Sonhos impossíveis.
Sonhos que nem existem.

Procuro pelos melhores verbos,
E também adjetivos.
Julgo substâncias
E também substantivos.

Juro pela insônia de sentimentos.
Juro pelo sono sereno
Dos juramentos.

Estrada e poesia.
Sempre em busca de um verbo.
Coloco adjetivos incrédulos
Em todos os substantivos concretos.

Será mesmo necessário,
Para poder sobreviver,
Procurar superar também
Aquele pretérito imperfeito?

A razão e o coração

Especial sim.
Por que não poderia ser?

Especial sim.
Só não consigo dizer o quanto
E nem como.

Especial somos todos nós,
Justamente por sermos diferentes.

Especial somos nós dois!
Por trazer lá do fundo,
A semelhança.

Especial poderia ser....
Caso não houvessem tantos outros!
Especial é!
Por ser diferente de todos os outros...

Coisa esquisita!
Não é tormento.
Não é paixão.
Nem é remédio.

Será carência?
Talvez.
Será amizade?
Pode ser.
A dúvida me rodeia
E a mente pensa longe.

Especial sim.
Por estar agora em minha mente.

Mas espere!
Especial não pode ser!
Não vamos nos esquecer,
Do meu tormento diário.
Ah! Cruz que eu carrego!
Oh! Estaca em meu peito!
O verbo amar,
A minha razão rejeita!

Pelo corpo, a minha dor.
Minha mente trás o rancor.
O rejeito pelo medo,
De provocar mais uma dor.
Minha pele o repele,
O amor, é uma dor!

domingo, 6 de maio de 2012

Um suspiro da Carol Loira


Ficar por ficar
Já não mais me dá prazer.
Chega de promessas,
De flores singelas,
De poesias diversas.

Quero alguém para sentir
Para chamar de meu.
Para me libertar,
Dentro do ser libertário.

Quero alguém honesto,
A mim e ao resto
Quero alguém de luta
Que entenda a minha angustia.

Quero um homem perfeito
Mas não para o mundo
E sim para mim
Quero alguém,
De certo,
Intolerante com a morbidez dos dias
E do conformismo diante de manifestos.

Quero alguém bonito,
Mas não me importa a aparência
Quero uma beleza interna!
O que me importa é a transparência!

Chega de belas esculturas.
Mostre-me mais que um esqueleto,
Que são cobertos com belas peles
Possuindo bronzeados certos
E sem o minimo de cultura.

Preciso sentir de verdade um alguém!
Quero um beijo sincero,
Quero um abraço honroso,
Quero um sentimento duradouro.

Felicidade se faz assim
Com idéias semelhantes
E sinceras desculpas
Quero um assim
Cheio disso
E também daquilo

Quero um Carol homem
Que ande loiro por aí...