quarta-feira, 13 de junho de 2012

A Angústia da Serenidade

A verdade é que eu me apego as ilusões,
As emoções,
As descrições.

Me iludo no palco,
Na peça diária
Do plano da vida.

Crio expectativas
Relacionadas aos meus  medos.
Passo a ter medo dos meus medos.
Pergunto-me o tempo todo
Se, ao acaso,
As minhas observações são infundadas.

Tenho amigos que me mostram falsas realidades,
Gerando esperanças infindas.

Gosto mesmo é do cheiro da noite
Da primavera colorida,
Dos dias verdes e cheios de vida.

Acredito de verdade no canto dos pássaros.
Ouço com muita profundidade o som que sai de um violão.
O som límpido de uma flauta não me é coisa constante.
Mas não me iludo pensando que um dia será.

Quero de volta os meus dias livres no parque.
Quero voltar a ser um vigia da natureza.
Sentir o coração puro
Longe das tragédias e dos maldizeres.

Era tão bom o tempo
Em que eu tinha certeza absoluta,
A mais pura  convicção,
De que as pessoas estavam ali,
Simplesmente, por querer estar ali.
Sem nenhum interesse politico.
Pessoas, que me passavam segurança.

Sinto falta de beijos sem deveres
Ou segundas intenções.
Sinto falta de confiar no mundo
E também de relaxar.

Eu não sirvo para ser referencia
Eu não quero que me reproduzam.
Não me escolham como foco.
A queda será retilínea e nada uniforme.

Não sirvo para usar terno
Também não sirvo para a revolução.
Gostaria apenas de implorar:
- Libertem a felicidade que há em seu coração!

Não preciso muito para ser feliz.
Mas o que tenho em excesso me faz infeliz
Vou caminhando e cantando
E seguindo a canção
Mas as vezes os meus dias são de bar em bar.

Isto não é poesia,
Nem existe melodia.
É apenas um desabafo
De um pobre coração indignado
Não pela falta de amor
Nem pela falta de humor
Mas pela falta que o amor faz na sociedade.
E o que pode causar a falta de humor
Eu não me tiro o luxo da dúvida
Mas sim o da felicidade.






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