domingo, 17 de junho de 2012

Uma Tarde Com Janis Joplin


Era o grande dia.
O dia do encontro
O encontro do dia.

Ela se arrumou.
Tomou banho.
Arrumou o cabelo.
Se perfumou.

Eram tantas palavras,
Bonitas e suaves.
Pareciam até rosas,
Enamorando as aves.

Quanta ansiedade
Para vê-lo na cidade.
Era preciso ler seus olhos
E saber se as palavras eram verdades.

Não vestiu o seu melhor vestido.
A melhor roupa não era preciso.

Estava com as mãos geladas.
O corpo trêmulo.
A cabeça erguida
E o coração quente.

Um telefonema,
Sem resposta...
Uma mensagem,
Sem resposta...

Chegou ao local combinado,
Esperando seu herói.
Um herói estabanado.
Um menino injuriado.

Outros telefonemas
E também novas mensagens.
Com nada obtinha resposta,
Nossa heroina ficou arrasada.

O tempo passou...
Nada rolou...
Ninguém a acompanhou.

Escutou aquela música,
Como se a música o fosse buscar.
Mas somente a Janis Joplin 
Conseguiu aparecer por lá.

O príncipe com cara de "Bem",
Vestiu a roupa de "Bobo da Corte".
E da piada fez poesia
Ironia triste para um lindo dia.

Para ainda piorar,
Um show romântico 
Rolou por lá...

Mais telefonemas...
Menos respostas...

Entendeu enfim.
Eram palavras apenas.
Ele não pensa nela
Nas tardes em Atenas.

Entendeu enfim.
Era uma piada apenas.

Coisa cruel.
Rapaz muito mal.
Conseguiu a chave principal,
Somente para brincar 
Com o tesouro real.

Eram palavras apenas.
Jogadas ao Vento.
Nos dias serenos
Da cidade dos tormentos.

Sozinha no caminho,
Ela soube continuar.
Desse bicho ela espera de tudo,
Já nem um palhaço a faz chorar.










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